A inteligência militar como função de combate nas operações de manutenção da paz

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Paulo Caetano Martins de Oliveira

Resumo

O presente trabalho aborda o emprego da seção de inteligência, denominada célula G2, do estado-maior do 2o Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 16o Contingente Brasileiro (BRABAT2/16), a qual teve a oportunidade de colher valiosos ensinamentos durante mais de sete meses de missão real em solo haitiano. Inicialmente, apresenta como foi organizada e estruturada a célula para o cumprimento da missão, enfatizando a integração dos dados obtidos pelas diferentes fontes, ainda na fase do preparo. Em seguida, destaca a importância da inteligência militar como uma das seis funções de combate, com a busca constante da interoperabilidade entre a célula G2 e as demais seções, visando a assegurar ao comandante a consciência situacional necessária para a tomada de decisões. A seguir, comenta uma inovação denominada Roda Análise de Padrões, Pattern Analysis Wheel (PAW) em inglês, utilizada pelo analista de imagens da célula, como importante ferramenta de apoio ao processo decisório, a qual garantiu informações confiáveis e atualizadas sobre o ambiente operacional. Apresenta, ainda, o planejamento de contingência elaborado face à incidência de desastres naturais, haja vista a passagem de dois furacões durante o emprego do BRABAT2/16. Portanto, o artigo é dedicado ao estudo no nível de execução direta da tropa, o tático. Este trabalho não encerra, por si, as lições sobre o assunto, mas permite subsidiar a aplicação da inteligência militar como função de combate indiscutível para o sucesso das operações de paz em que o Brasil se faça representar pelo seu valoroso Exército.

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Artigos
Biografia do Autor

Paulo Caetano Martins de Oliveira

O Coronel de Cavalaria Paulo Martins é o comandante do 8º Batalhão Logístico, sediado em Porte Alegre - RS. Foi declarado aspirante-a-oficial em 1990. Além dos cursos de aperfeiçoamento e de altos estudos, possui o Curso Intermediário de Inteligência. Sua experiência profissional na atividade inclui, além das funções de analista de inteligência e contrainteligência, o comando de grupos de inteligência no Comando Militar do Nordeste (CMNE) e no Comando Militar do Sul (CMS). Chefiou a Célula de Inteligência (G2) do 2o Batalhão de Infantaria de Força de Paz do 16o Contingente Brasileiro (BRABAT2/16) da Missão das Nações Unidas para a estabilização no Haiti (MINUSTAH).