A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ACADÊMICO DOS CADETES DO 3º ANO DO CURSO DE ENGENHARIA DA AMAN
Resumo
Atualmente, muitos estudos a respeito da Inteligência Emocional (IE) vêm sendo desenvolvidos
no mundo, devido, principalmente, a sua importância em organizações que necessitam de
relações humanas para garantir uma boa capacidade operativa, como é o caso de empresas e
das Forças Armadas. Apesar disso, são poucas as pesquisas que chegam a um resultado
conclusivo sobre a relação entre a IE de um sujeito e seu rendimento cognitivo, afetivo e
psicomotor. O objetivo deste trabalho foi mensurar a inteligência emocional de cadetes do 3° ano
do Curso de Engenharia da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e correlacioná-la com
o desempenho acadêmico. Para tal, foi utilizada a Escala de Inteligência Emocional de Schutte
(Schutte, Malouff, Bhullar, 1998), composta duas dimensões: expressão e regulação das
emoções (ERE) e usos das emoções (UE). Também foi aplicado um questionário de informações
pessoais elaborado especificamente para o presente trabalho. Participaram do estudo 49
cadetes do mesmo ano de formação, que, além da Escala de IE, indicaram quais foram suas
notas nas avaliações das disciplinas de Treinamento Físico Militar (TFM) e sua classificação
geral no curso (composta por avaliações cognitivas, atitudinais e psicomotoras). Utilizando
análise estatística, verificou-se que houve correlação positiva e significativa entre a IE (dimensão
“uso das emoções”) e a classificação geral do cadete (r=0,321; p<0,005). Todavia, a correlação
com a nota de TFM não foi estatisticamente significativa. Os resultados da pesquisa sugerem
que a Inteligência Emocional (dimensão “uso das emoções”) pode ser importante para o cadete
durante a formação na AMAN.
Downloads
Referências
Militar. Resende: Editora Acadêmica, 2011.
______. Normas Internas de Avaliação de Aprendizagem. 2. ed. Resende: Editora
Acadêmica, 2017.
______. Regimento Interno da Academia Militar das Agulhas Negras. Resende:
Editora Acadêmica, 2015.
ALMEIDA, A. M. O nível de inteligência emocional e o desempenho acadêmico de
alunos de medicina. 2019. 85 f. Dissertação (Mestrado em Ensino em Saúde) –
Universidade José do Rosário Vellano, Belo Horizonte, 2019.
BRASIL. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Departamento de Educação e Cultura
do Exército. Normas para Desenvolvimento e Avaliação dos Conteúdos Atitudinais
(EB60-N-05.013). 3ª Edição, Brasília, 2019.
______. Ministério da Defesa. Exército Brasileiro. Departamento de Educação e Cultura
do Exército. Portaria Nº 199-DECEx, de 18 Maio 2018 – Aprova o Padrão Especial
de Desempenho Físico para Cursos de Formação de Oficiais (PED/CFO). Rio de
Janeiro, 2018.
GOLEMAN, D. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que define o que é ser
inteligente. Tradução: Marcos S. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011. 407 p. ISBN: 978-85-
390-0191-0
OMAR, A. et al. Validación transcultural de la Escala de Inteligencia Emocional de
Schutte. Perspectiva Psicologica, Rosario, v. 10, n. 2, p. 261-274, 2013.
RUBALTELLI, E.; AGNOLI, S.; LEO, I. Emotional intelligence impact on half marathon
finish times. Personality and Individual Differences, v. 128, p. 107-112, 2018.
SALOVEY, P.; BRACKETT, M. A.; MAYER, J. D. Emotional Intelligence: Key Readings
on the Mayer and Salovey Model. Port Chester: Dude Publishing, 2004.
SALOVEY, Peter; MAYER, John D. Emotional intelligence. Imagination, cognition and
personality, v. 9, n. 3, p. 185-211, 1990.
SOUSA, Ana Paula Louro Diogo Botelho de; DIAS, José Henrique
Orientador. Inteligência emocional e desempenho académico em estudantes do
ensino superior. 2010. Dissertação de Mestrado. ISMT.
