O emprego dos pelotões especiais de fronteira no combate aos ilícitos transfronteiriços e a ampliação de suas capacidades por meio do SISFRON
Resumo
O presente artigo tem por objetivo principal apresentar a relação benéfica e potencial entre os recursos tecnológicos oferecidos pelo Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) e a capacidade de fiscalização e monitoramento dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF). Pretende-se mostrar que a entrada de armas, drogas e munições de maneira irregular ainda ocorre em grande escala na fronteira amazônica do Brasil com seus vizinhos na América do Sul. Nesse contexto, os PEF e demais agentes da segurança pública se deparam com dificuldades impostas pelos obstáculos naturais (imensidão de rios e florestas) na execução da fiscalização das fronteiras. A limitação da presença humana diante de tão vasta área permite a ocorrência de ilícitos e isso tem relação direta com o aumento do índice de criminalidade dos grandes centros do País, sobretudo na região sudeste (Rio de Janeiro e São Paulo), pois as armas, drogas e munições alimentam poderes paralelos estabelecidos por traficantes e afetam a qualidade de vida da população brasileira.